Objectivo 6
ODM 4
Meta: reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos.
MORREM, POR HORA, CERCA DE 2200 CRIANÇAS.
Dos 67 países com taxas de mortalidade infantil elevadas, apenas 10 encontram-se actualmente num bom caminho para atingir a meta do ODM.
Apesar do progresso atingido nas últimas décadas, a Unicef alerta para o facto de 22 mil crianças até aos cinco anos continuarem a morrer diariamente, sendo que 70% dos óbitos acontecem no primeiro ano de vida. Por ano continuam a morrer nove milhões de crianças antes de completarem cinco anos de vida.
As estimativas revelam que a Índia, a Nigéria, a República Democrática do Congo, o Paquistão e a China lideram a lista de países com maior número de casos de mortalidade infantil até aos cinco anos, com quase metade do número total em todo o mundo (dados referentes a 2009).
A África Subsariana é a região com mais situações: 1 em cada 8 crianças morre antes de completar os cinco anos, o que supera em 20 vezes a taxa das regiões mais desenvolvidas (1 em cada 167); em segundo lugar posiciona-se o sul da Ásia com uma média de 1 bebé em cada 14. Os progressos atingidos nestas regiões ainda não são suficientes para alcançar a meta estabelecida para 2015.
Em 2004 foram investidos 10,8 milhões de dólares em intervenções contra o VIH/sida, que nesse ano matou 315 mil crianças. No combate à malária foram investidos 3,5 milhões de dólares e esta doença infecciosa foi responsável pela morte de 840 mil crianças. Nesse mesmo ano a diarreia vitimou 1,8 milhão de crianças.
Quais as causas destes valores tão dramáticos?
De acordo com os dados avançados pela ONU, morrem por minuto três crianças vítimas de diarreia e, por conseguinte, morrem anualmente 1,8 milhões de crianças com menos de cinco anos de vida.
A falta de acesso a água potável, cuidados de higiene primários e saneamento básico são apontados como as principais causas de mortalidade infantil.
QUAIS SÃO AS SOLUÇÕES?
· Garantir a cobertura completa de vacinação
· Garantir a cobertura completa e universal dos cuidados de saúde primária
· Implementar o saneamento básico nas habitações e acesso à água potável
· Promover hábitos de higiene junto das populações como lavagem de mãos
· Melhoria da qualidade de diagnóstico médico e tratamento
· Prevenir a pneumonia, diarreia, a malária e outras doenças infecciosas
· Pulverização intra-domiciliária e aplicação de redes mosquiteiras a fim de prevenir o contágio de doenças através de picadas de insectos
· Aumento do número de técnicos de saúde por habitantes
· Promover acções que visem a melhoria do estado nutricional das mulheres grávidas e crianças
· Incentivar o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses
· Integrar os direitos das crianças nas políticas e legislação e consciencializar as comunidades/ famílias para as boas práticas de cuidados com as crianças
· Aumentar a APD (ajuda de apoio ao desenvolvimento) para reforço dos sistemas de saúde