ODM 8

21-03-2011 22:09

 

O comércio e a dívida externa

 

Actualmente, nenhum país é capaz de subsistir isoladamente. Os países são obrigados a trocar bens e serviços com outros países, o que se designa comércio internacional.

Por mais rico que um país possa ser, para satisfazer as necessidades da sua população terá de recorrer ao comércio. Constata-se, então, que existem relações de complementaridade e de dependência mútua entre as nações e povos.

 

O comércio mundial é dominado pelos países desenvolvidos. A dependência dos países subdesenvolvidos na esfera do comércio internacional agrava-se pelas medidas discriminatórias que as potências imperialistas aplicam às importações destes países.

 

Os países desenvolvidos necessitam de matérias-primas e de energia para o funcionamento das suas indústrias. Os principais produtores desses produtos primários são os países em desenvolvimento.

Por exemplo, os países industrializados importam de África produtos como: petróleo e gás natural, bauxite para extracção do alumínio, café, borracha, urânio, cacau, ouro e diamantes, algodão, entre outros.

Em contrapartida, os países em desenvolvimento necessitam de importar produtos manufacturados como automóveis, material informático, máquinas e tecnologia, indispensáveis ao seu desenvolvimento.

 

 

44,9% impostos, direitos aduaneiros, frete
 23,7% margem do varejo
 17,8% margem dos atacadistas e torrefadores
 8,5% proprietários da plantação
 5,1% salários dos trabalhadores

 

 

Contudo, o comércio entre os países pode revelar-se muito injusto. Apenas uma pequena percentagem dos lucros fica para os produtores. A situação económica de muitos PVD’s tem vindo a agravar-se nas últimas décadas, uma vez que as suas exportações dependem apenas de um ou dois produtos primários, cujo valor tem vindo a decrescer nos mercados internacionais.

 

 Como consequência desta colossal desigualdade entre os elevados custos dos produtos manufacturados e os baixos preços dos produtos primários, os países em desenvolvimentos estão cada vez mais endividados.

 

No intuito de tentar reduzir a dívida externa, muitos países em desenvolvimento aumentaram a produção de produtos hortícolas para exportação, bem como de outros produtos primários. Contudo esta iniciativa provocou um excesso desses produtos nos mercados internacionais, o que conduzir a uma redução drástica dos preços. Gerou-se, assim, um ciclo de pobreza. Não havendo receitas, há mais endividamentos.

 

Na tentativa de melhorar a situação económica nacional, os países em desenvolvimento recorrem a empréstimos junto de países, bancos ou organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial (BM). Os empréstimos tendem a conduzir a um endividamento progressivo dos países em desenvolvimento pois os empréstimos implicam o pagamento de juros, que absorvem, na maior parte dos casos, os escassos rendimentos nacionais.

 

Os países ricos têm procurado auxiliar os países em desenvolvimento a sair da crise económica em que se encontram, contribuindo para aumentar a sua participação no comércio internacional e, paralelamente, assegurar a melhoria da qualidade de vida das suas populações.

A Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) realiza-se de várias formas, que vão desde a ajuda com bens alimentares até à ajuda monetária, passando pela ajuda humanitária e assistência médica. Por exemplo, algumas ONGD’s trabalham directamente com as populações, nomeadamente nas áreas rurais, ensinando aos agricultores novas técnicas e métodos de cultivo do arroz. Uma dessas organizações é a TESE, parceira do nosso projecto.


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