Objectivo 1 - Erradicar a pobreza extrema e a fome

 

 

Meta: Reduzir para metade a percentagem de pessoas que vivem com menos de $1,25 por dia e a percentagem de população afectada pela fome.

 

 

 

Há quase 6 biliões de habitantes no nosso planeta. 1,2 biliões desses habitantes vivem no limiar da pobreza, ou seja, sobrevivem com menos de 0,80 diários.

 

 

Pobreza extrema é a definição usada para as pessoas que conseguem sobreviver com menos de 0,80 por dia. Parece impossível, mas há pelo menos 1,2 biliões de pessoas nestas condições, sendo 70% mulheres.

 

Uma das consequências da pobreza é a fome, já que com 0,80€, ou menos, por dia é impossível alimentar uma família. Isto acontece especialmente nos países em desenvolvimento, onde as famílias são muito mais numerosas. Esta situação leva muitas mães a abdicarem da sua comida para dar aos filhos e, mesmo assim, é insuficiente - 6,3 milhões de crianças morrem, por ano, devido à fome e há 842 milhões de pessoas subnutridas no mundo.

 

                Tal como a fome, existem muitos outros problemas causados pela pobreza extrema; apesar de não ser a única causa, a pobreza contribui em grande parte para o agravamento de todos os problemas abrangidos pelos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Vejamos como…

 

                Havendo pobreza, a existência de fome e subnutrição é quase inevitável. E se há uma alimentação incorrecta por parte das pessoas as defesas das mesmas serão reduzidas, o que levará a uma maior predisposição para apanhar doenças e a uma maior dificuldade em curá-las, podendo levar à morte.

 

Ora, se as pessoas ficam doentes, assistir-se-á a uma redução do rendimento e produtividade económica das mesmas, o que levará, ainda, a uma maior falta de alimentos e dinheiro, visto que, doentes, as pessoas ficam impossibilitadas de trabalhar em condições. E se nem dinheiro estas famílias têm para comer, dificilmente terão dinheiro para investir na educação dos filhos, para conseguir cuidados de saúde ou para terem uma habitação com as mínimas condições.

 

Assim, se uma população viver nestas condições, como acontece em muitos países em desenvolvimento, o governo desse país não vai querer investir nessa população, porque não há actividade económica ou uma base tributária (parte do rendimento das famílias que é sujeito a impostos). E se nem o governo desse próprio país investe nele, muito mais difícil será com os possíveis investidores estrangeiros, que vão recear qualquer tipo de compromissos financeiros, já que aquela é uma população pobre e sem um futuro promissor em vista.

 

Portanto, se formos ver quais os ODM existentes, veremos que os problemas que cabem a cada objectivo estão quase todos aqui, como consequência da pobreza extrema e da fome. Contudo, da mesma maneira que a pobreza extrema traz à vida de uma pessoa consequências devastadoras, também essas mesmas consequências podem ser os problemas geradores da pobreza. Para além desses há que referir ainda a situação da mulher e a corrupção política que também são importantes causas da pobreza num país:

- A situação da mulher, relacionada com o ODM 3, porque se as mulheres não são instruídas, nunca vão arranjar bons empregos, o que lhes dificultará a obtenção de fins monetários para ajudar a família (para um conhecimento mais aprofundado ler Objectivo 3);

- A corrupção política, porque se o governo de um país desvia o dinheiro para seu único proveito, não conseguirá usá-lo para ajudar as populações mais carenciadas.

 

Podemos, assim, dizer que estamos perante um ciclo vicioso e é por isso que é necessário o mundo unir-se e dar a mão aos países mais necessitados. Aqui entra a parceria global, ou seja, o ODM 8, do qual todos podemos fazer parte. A pobreza extrema e a fome são dois problemas que existem em grande escala no nosso planeta e, apesar de parecerem impossíveis de irradicar, há várias maneiras de ajudar. Hoje em dia, instituições como o Banco Alimentar ou o Exército da Salvação, contribuem  para  a concretização do ODM 1. Basta uma pequena pesquisa para ver como é fácil contribuir para o fim da pobreza e da fome. Se todos ajudarmos com pelo menos um bem, monetário ou alimentar, já é uma grande ajuda; o seu gesto poderá tornar-se na melhor refeição que uma família já teve.