Importância do arroz nos PVD's
Em muitos países em vias de desenvolvimento as dietas são pobres em vitaminas e sais minerais com destaque para o ferro (afectando 1,4 mil milhões de indivíduos) e a vitamina A (afectando 40 milhões de crianças a nível mundial). A falta de vitamina A, produzida pelo nosso organismo a partir de B- caroteno (precursor de vitamina A), provoca pele seca, problemas de visão e cegueira, nos casos mais graves (deficiências na síntese dos compostos da retina nos olhos), crescimento e desenvolvimento retardado e esterilidade nos homens. Todos os anos, morre aproximadamente um milhão de crianças por falta de vitamina A, pois o nosso organismo é incapaz de sintetizar, necessitando de a ingerir nos alimentos.
Este défice em micro nutrientes ocorre em países cuja principal fonte de nutrientes é o arroz.
Na década de 90, foi desenvolvido pelos cientistas Igno Potrykus (Zurique, Suíça) e Peter Beyer (Freiburg, Alemanha) um arroz geneticamente modificado, designado arroz dourado. Este arroz é semelhante às restantes variedades, mas com elevadas quantidades de B-caroteno e o seu interior é amarelo em vez de branco.
Embora tenham sido encontradas algumas barreiras à aplicação das tecnologias de produção e cultivo do arroz dourado, este arroz ao ser submetido a eventuais modificações genéticas, poderá ser usado pelos países em desenvolvimento, como por exemplo a Índia e as Filipinas. Deste modo será possível evitar a morte ou adoecimento de milhares de pessoas que actualmente são vítimas da fome e da pobreza extrema.
Mas não basta apenas fornecer as sementes para que as culturas sejam frutíferas. É essencial implementar programas de capacitação das populações para que assim elas adquiram autonomia e motivação, sejam capazes de produzir os seus próprios produtos, sem o auxílio permanente dos países desenvolvidos ou associações humanitárias.